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CRM descarta erro médico em morte de menina atendida em hospital do Valentina

Menina Gabriela Viegas faleceu no Hospital do Valentina em junho
A hipótese de erro médico no caso da morte de uma menina de 11 anos que foi atendida no Hospital Municipal do Valentina Figueiredo, em João Pessoa, foi descartada pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) nesta quinta-feira (17). Segundo o resultado da sindicância que apurou as circunstâncias da morte, que aconteceu no dia 3 de junho, “não há quaisquer indícios de erro médico, seja por imperícia, imprudência ou negligência”. 

De acordo com o pai de Gabriela Viegas Barbosa, Lenivaldo da Silva, a menina foi levada para a unidade com uma crise de asma, foi submetida a uma nebulização com uma substância que lhe causou uma reação alérgica e não resistiu. A mãe da criança, Luciana Gonzaga Viegas, afirmou que a equipe médica do hospital foi avisada sobre o medicamento em questão e as reações alérgicas que causavam em sua filha. “Disseram que iam diminuir a dosagem, eu tinha dito que ela não se dava com o remédio”, comentou na época da morte. 

Em nota, no entanto, o CRM diz que a “medicação usada, o fenoterol (berotec), é amplamente utilizada para tratamento da doença da qual a criança foi acometida”. O laudo elaborado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), apontou que a morte da criança foi causada por edema pulmonar e cardiopatia hipertrófica. 

O documento afirma ainda que a equipe que cuidou de Gabriela, formada por seis pediatras, seguiu à risca os protocolos nacionais adotados nestes casos. Segundo o CRM, Gabriela “era portadora de miocardiopatia hipertrófica, situação desconhecida e imprevisível naquele contexto, que certamente contribuiu para o êxito letal”. 

Família vai acionar a justiça 
A madrinha da menina, Marinalva Gomes, disse que a família não vai aceitar o resultado da sindicância do CRM e que vai acionar a justiça. Segundo ela, o advogado da família está em Brasília, mas assim que voltar a Paraíba os pais de Gabriela vão decidir como proceder. “Esse documento diz que a médica não teve culpa, mas ela teve sim por não ter seguido o que a mãe da menina disse, por ter dado o remédio mesmo depois da mãe ter avisado que ela não podia tomar”, diz. Segundo ela, Gabriela não tinha problema de coração e a família acredita que o problema foi gerado pelo uso da medicação.

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