Acusado da morte da estudante Ariane Thays tem apelação negada e pena mantida
A Câmara Criminal do TJPB rejeitou a apelação do acusado por unanimidade (Foto: Karla Noronha) |
Na manhã desta quinta-feira (24), o advogado Luiz Paes de Araújo Neto, acusado do assassinato da estudante grávida Ariane Thays em 2010, teve seu recurso negado por unanimidade pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, no qual pretendia a nulidade da pena imposta pelo juizado de 1º grau. O processo de número 0016934-04.2010.815.2002 teve como relator o desembargador Joás de Brito Pereira.
Em suas razões, o advogado de defesa Genival Veloso de Franca, alegou que Luiz Neto estava em casa no momento do crime, em sua residência no bairro de Jaguaribe, sustentando a hipótese de dupla versão do crime. Quanto a acusação de aborto provocado por terceiros, a defesa afirmou que a vítima também queria não queria prosseguir com a gestação.
O promotor Ítalo Ramon Silva, afirmou que no carro de Luiz Paes foram encontrados fios de cabelo da estudante, o que significa que houve violência. As provas apresentadas indicam que no veículo de uso da família, não foi encontrada nenhuma impressão digital, indicando que o acusado fez uma limpeza no local no crime afim de encobrir os indícios.
Hipernestre Carneiro, mãe de Ariane Thays (Foto: Karla Noronha) |
Em seu voto, o desembargador Joás de Brito, acatou a decisão do juizado de 1º grau e falou que o acusado não conseguiu provar seu álibi e que as indagações contra o mesmo permanecem inalteradas "O acusado não aceitou a gravidez da vítima mantando-a por asfixia e revelando sua torpeza, causando sequelas físicas e psicológicas a sua família".
Hipernestre Carneiro, mãe de Ariane Thays, diz que considera o julgamento como mais uma batalha vencida "Não vou desistir, esta foi mais uma vitória, e todos as vezes que ele entrar com recurso estaremos correndo atrás da justiça". A defesa do acusado entrará com habeas corpos preventivo, ele ainda pode recorrer na 3ª instância no Supremo Tribunal Federal.
Condenado por homicídio qualificado em novembro de 2013 a 17 anos e seis meses de reclusão em regime fechado, o acusado havia entrado com recurso junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para reverter a decisão do júri, e pedia a anulação da pena.
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