'Vamos começar do zero', diz delegado sobre roubo a banco em Mangabeira
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Casa onde família do funcionário feita de refém foi encontrada |
“Vamos começar o trabalho do zero porque temos que respeitar as condições físicas e psicológicas dos funcionários e da família envolvida.” É assim que o delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, Thiago Sandes, justifica a falta de informações precisas sobre o roubo à agência de um banco na manhã desta segunda-feira (18) em João Pessoa. Antes do roubo, um funcionário da agência e sua família foram feitos reféns durante a noite de quinta-feira (17) até a manhã desta sexta-feira em João Pessoa.
Por volta das 9h, ele foi levado pelos ladrões até a agência, em Mangabeira, onde o grupo chegou sem chamar atenção e teve acesso aos caixas eletrônicos e ao cofre, de onde levou todo o dinheiro, segundo o setor de segurança do banco. Os ladrões fugiram no carro do funcionário e o veículo foi abandonado por volta das 12h30 na BR-230, no município de Santa Rita.
A informação de que o homem usado pelos ladrões para ter acesso ao banco era o gerente da agência, no entanto, foi descartada pelo delegado, que informou que ele é apenas um dos funcionários do local. O verdadeiro gerente do banco ainda será ouvido, mas Thiago adiantou que não há imagens de circuito interno disponíveis e que nenhum dos funcionários da agência reconheceu os ladrões. “Ainda não sabemos quantos homens estavam envolvidos na ação, por exemplo”, explica.
A família do funcionário foi encontrada em uma casa em área de mata próximo à BR-230, em Santa Rita, para onde foi levada por volta das 5h e já foi libertada. Até as 13h ainda havia poucas informações confirmadas pela polícia sobre o caso, já que os policiais ainda estão nas buscas pelos ladrões. Informações preliminares dão conta de que uma parte dos ladrões ficou com a família enquanto outros foram com o gerente até a agência e mantinham contato permanente uns com os outros. Ainda não há finformações sobre quantas pessoas realizaram a ação.
Segundo Norma Mendonça, que acolheu os reféns em sua casa, por volta das 10h a esposa do gerente chegou ao portão de sua residência pedindo ajuda e, após ser acolhida, pediu um celular para entrar em contato com alguns parentes. “Ela me contou que esteve dentro da mata com os seus dois filhos e o sequestradores desde a noite de quinta-feira (17), e que os criminosos lhe faziam ameças o tempo todo, como também para seus filhos. Um deles ainda chegou a propor aos outros que deveriam matá-la ali mesmo”, disse Norma.
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