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Centro 8 de Março alerta para mudança no perfil do agressor contra mulher e crueldade dos casos na Paraíba

Imagem Ilustrativa
Casos de violência contra a mulher chocam a cada dia mais a população paraibana e o Centro da Mulher 8 de Março prepara um ato denunciando estas ações e pedindo providências às autoridades competentes. A articuladora política, advogada e coordenadora do banco de dados de violência contra a mulher, Larina Lacerta, alertou para a mudança no perfil dos agressores, que passaram de pessoas com relacionamentos consolidados para, principalmente, jovens e adolescentes.

Neste final de semana, a Paraíba registrou vários casos brutais de violência contra o gênero, desde uma jovem morta pelo namorado durante a festa de aniversário dele em João Pessoa, até uma mulher queimada viva com gasolina no Sertão do estado.

Larina disse que os casos mais agressivos vêm ganhando muita repercussão na mídia, mas que a violência em si é constante. Ela contou que o centro está se reunindo com os movimentos sociais para fazer ações de rua e tentar pressionar os entes governamentais para que eles consigam efetivar as políticas públicas e fortalecê-las, além de pedir apoio do judiciário.

"Estamos nos juntando para fazer um grande ato denunciando os delitos e mostrando à sociedade os casos de crueldade, falando da prevenção, de como podem denunciar os fatos. Elas ainda têm medo de fazer a denúncia e, muitas vezes, são adolescentes", lembrou.

A coordenadora alertou para a mudança no perfil dos agressores e atentou para a deficiência de debates sobre este tema nas escolas: "Grande parte culmina da falta de falar desses assunto. A violência contra a mulher agora está inserida no meio dos adolescentes, não é mais como antigamente que existia uma relação, pessoas casadas e acima dos trinta anos".

Os principais fatores que contribuem para a violência contra a mulher são o machismo e o patriarcalismo que, de acordo com Larina, são muito fortes e difíceis de combater. Ela ressaltou que a violência ocorre porque não há aceitação do empoderamento da mulher e pela falta de diálogo constante sobre identidade de gênero e direitos da mulher.

Larina afirmou ainda que devido à conjuntura política atual, que afeta os movimentos feministas e de mulheres, ainda será feita uma discussão para definir um evento alertando para este tipo de violência, mas que já são realizadas ações diárias como capacitação de profissionais de saúde, nas escolas e que o movimento quer ir para a rua mostrar que está ciente desses fatos. "Não é que tomou uma proporção maior, mas a crueldade que tem alarmado no sentido que são adolescentes que cometem essa violência", afirmou acrescentando que esse público não é atendido pela Lei Maria da Penha. 

Para as mulheres que se sintam ameaçadas ou que sofreram algum tipo de violência, a coordenadora explica que elas podem procurar o Centro 8 de Março pela própria rede social on-line, Facebook ou pedir apoio informação pelo telefone 3241-8001 que será orientada como proceder a respeito. "É importante denunciar. Que as mulheres não tenham medo e procurem ajuda para ter um relacionamento sadio", concluiu.

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